Rir pra não chorar

Deixe-me ir

preciso andar

Resistir a esse caos

sem tempo de ignorar

cada acontecimento mal

Sôfrego na ida,

aqui e acolá

Vou por aí a procurar

Rir pra não chorar 

suicídio

Meu cérebro quer meu coração se demita pois minha alma está aflita com a remanescência das feridas que ainda estão a sangrar. Não quero mais mitos cacos ou crivos. cicatrizes têm que sumir para que haja liberdade e ficar livre dessa jaula que muitos não conseguem suportar

imigração

 EU ouvi falar que somos acolhedores

NÃO tô vendo o que diziam,

não AGUENTO ver tanto cuspe de ódio

MAIS e mais crescendo

não quero VER

TANTA hipocrisia

não quero ver XENOFOBIA

na minha mente

na minha mente

todo mundo percebe quando olho pra você,

todo mundo percebe quando fico desajeitado ao te ver

na minha mente

todo mundo nota minha mudança de humor sério pra sorridente quando te avisto ao longe

na minha mente

todo mundo te criticará ao te ver comigo

todo mundo zombará de você ao me ver de mãos dadas contigo

Na minha mente

não dará certo

tudo é incerto

cedo ao negativismo espesso

E AGORA JOÃO ?

 

E agora joão?

o gás acabou

o dinheiro acabou

a luz sumiu

teu pai te abandonou

e agora joão?

vá lá pro sinal

tentar vender algo

arrumar algum trocado

TENTAR!

Pois não vão te dar

por preconceito de achar que tu vai se drogar

E AGORA JOÃO?

Vai vender feijão

ALUMÍNIO

Disseram que os opostos se atraem

mas nisso eu desacredito

posso estar equivocado

mas no momento estou convicto

ou talvez seja que mais uma vez

acampou em mim aura sombria

de desilusão e melancolia

que me faz pensar que

aqui em mim não há magnetismo

não sou testa de ferro

nem nervos de aço

Acho que sou alumínio